O BOM DA VIDA É SER FELIZ!
por Tatiana Tiburcio
Estava
vendo um filme a pouco onde o personagem principal vivia intensamente tudo o
que se pode ter da vida de bom e de ruim até no final pegar uma doença por
conta de todos os excessos a que se expôs e morrer. É isso. Ponto. Tirando o
lirismo e a glamorização da falta de limites, a história se resume a isso. E tudo
em nome da tal felicidade. Daí me pego
pensando no que seria felicidade... A gente passa a vida fazendo tudo o que
pode de certo e errado – pois afinal, o que é o certo e errado? – em nome da
tal felicidade e não percebemos que ela na maioria das vezes estava bem ali, ao
nosso lado, ao nosso alcance, e a gente deixou passar. Deixou passar por
egoísmo, por crueldade consigo e com o próximo, por burrice, ou simplesmente
porque estávamos tão desesperados por encontrá-la que não percebemos a sua
presença. E muitas das vezes só nos damos conta disso quando chegamos ao fundo
do poço, ou quando ela vai embora e a gente percebe que esteve o tempo todo
procurando algo que já estava ali.
Em nome
da tal felicidade fazemos tanta
merda, metemos tanto os pés pelas mãos, passamos por cima dos que nos cercam,
passamos por cima de nós mesmos e no final das contas, quase sempre voltamos ao
ponto de partida para concluirmos que éramos felizes e não sabíamos. Ou que na
verdade o que buscávamos não estava no caminho que a paixão nos conduziu. Sim,
porque essa procura desenfreada por essa tal
felicidade é quase sempre conduzida pela paixão. Sentimento intenso, porém fugaz
que nos arrebata, cega e domina, para depois nos deixar perdidos e vazios. Como
uma amante de Renoir que nos leva ao
delírio para depois nos abandonar dizendo: “por quem me tomas? Apresentei-me
como amante e como tal, passo!”. E passa. Porque tudo na vida passa. Até a
angustia da necessidade de encontrar essa tal
felicidade. Passa.
Porque acreditamos que temos que ir o mais fundo possível pra podermos dizer que vivemos? Não que ir fundo não seja bom e necessário muitas das vezes, mas a regra não é essa porque não existe regra. E se existisse seria apenas: seja feliz! Seja feliz a cada dia, nas pequenas coisas do dia a dia que só valorizamos depois que chafurdamos na lama do egoísmo. Será que é preciso perder a vida ou estar em risco de perdê-la para que possamos dizer fui feliz porque vivi? Viver é autodestruição ou conhecimento e crescimento?
Porque acreditamos que temos que ir o mais fundo possível pra podermos dizer que vivemos? Não que ir fundo não seja bom e necessário muitas das vezes, mas a regra não é essa porque não existe regra. E se existisse seria apenas: seja feliz! Seja feliz a cada dia, nas pequenas coisas do dia a dia que só valorizamos depois que chafurdamos na lama do egoísmo. Será que é preciso perder a vida ou estar em risco de perdê-la para que possamos dizer fui feliz porque vivi? Viver é autodestruição ou conhecimento e crescimento?
Às vezes
penso que para encontrarmos a felicidade, basta viver com amor. Por mais careta
e piegas que possa parecer, viver com amor. Esse amor que nos faz olhar a volta
e não apenas para o próprio umbigo. Um amor amplo, geral, irrestrito que
afugenta o egoísmo e dá lugar ao compartilhar. Daí, tudo se pode alcançar!
Em todas
as doutrinas que propõem um reli gare
com a força maior a regra máxima para ser feliz é amar. Porque o amor conecta,
amplia, multiplica. Quando na busca dessa tal
felicidade percebemos que não estamos ampliando e multiplicando, mas
dividindo, quebrando, destruindo então estamos no caminho errado com toda
certeza porque não estamos sendo guiados pelo amor, mas pela paixão.